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Policias civis condenados por vazar informações para criminosos vão para prisão domiciliar em Araguaína

Ademael das Neves Conceição e Genilson da Costa Feitosa vão cumprir prisão domiciliar — Foto: Reprodução/TV Anhanguera

Por GILVAN BALBINO CALÇADOS

27/04/2019 03:00h

Os policiais civis Genilson da Costa Feitosa e Adamael das Neves Conceição, condenados por supostamente passar informações para criminosos sobre operações policiais, vão cumprir o restante da pena em prisão domiciliar. A decisão é do juiz Antônio Dantas de Oliveira Júnior, da 2ª Vara Criminal de Araguaína.

O magistrado entendeu que os dois apresentaram bom comportamento durante o tempo em que ficaram detidos e por isso tinham direito a progressão da pena. O benefício é previsto em lei. Os dois deveriam ir para o regime semiaberto, mas como Araguaína não tem uma unidade prisional específica para este tipo de pena, eles vão ficar detidos em casa.

A decisão determina que eles devem estar sempre em casa no período noturno e só devem sair para trabalhar, frequentar atividades religiosas, estudar ou para tratamentos médicos. Também terão que se apresentar regularmente à Justiça, não podem sair da cidade ou mudar de endereço sem autorização e não podem frequentar bares e ingerir bebida alcoólica.

 O caso

 Três policiais foram presos no mês de junho de 2016 suspeitos de envolvimento com o tráfico de drogas, após investigações da Delegacia Especializada de Investigações Criminais (Deic) e Ministério Público Estadual, na Operação Detalhes.

Além de Conceição e Feitosa, o suspeito Max Mileno dos Santos Silva também foi preso, mas foi liberado após uma decisão do Supremo Tribunal Federal em novembro de 2017.

 

A operação recebeu o nome 'Detalhes' porque esse era o nome de um salão de beleza que não existe mais e era usado como ponto de venda de drogas em Araguaína. Foi através do estabelecimento que a polícia descobriu o envolvimento dos policiais e de outras pessoas.

Os suspeitos teriam fornecido informações da polícia para traficantes, em troca de dinheiro e outras vantagens, além de atrapalhar as investigações realizadas pela própria polícia. Na época, a polícia divulgou escutas telefônicas que mostravam a suposta ligação dos agentes com o crime no Tocantins. (G1)