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Mísseis russos atingem quartel e deixam dezenas de militares mortos na Ucrânia

Segundo uma autoridade local ao ‘New York Times’, mais de 40 morreram

Por GILVAN BALBINO CALÇADOS

19/03/2022 17:46h

Na cidade de Mykolaiv, situada no sul da Ucrânia, diversos soldados foram mortos após os russos realizarem um ataque com mísseis em um quartel, nesta sexta-feira (18). A informação foi dada por diversos veículos de comunicação durante este sábado (19). 

Em razão da proporção do ataque, ainda não sabe o número exato de óbitos. No entanto, uma autoridade local informou ao jornal “New York Times” que mais de 40 militares morreram. 

Segundo o veículo, os corpos resgatados foram encaminhados para o necrotério, sendo organizados em um local específico para armazenamento. Ao questionar um funcionário sobre a quantidade de vítimas, o servidor não soube dizer sobre a quantidade. 

“Muitos. Não vou dizer quantos, mas muitos”, disse ele ao jornal americano. 

Entenda o conflito entre Rússia e Ucrânia

A tensão entre os dois países é antiga. No fim de 2013, protestos populares fizeram com que o então presidente ucraniano Víktor Yanukóvytch, apoiado por Moscou, renunciasse. Na época, os ucranianos debatiam uma possível adesão à União Europeia.

Em 2014, a Rússia invadiu a Ucrânia e anexou o território da Crimeia, incentivando separatistas pró-Rússia desde então. Em 2015, foram firmados os Acordos de Minsk que decretavam um cessar-fogo, entre outros pontos, e proibiam Moscou de apoiar os rebeldes e Kiev deveria reconhecer Donetsk e Luhansk como províncias autônomas.

Apesar disso, o conflito continuou, o cessar-fogo não foi respeitado e cerca de 10 mil pessoas morreram desde então.

Em novembro de 2021, a Ucrânia se movimentou para fazer parte da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), a aliança militar criada após a Segunda Guerra Mundial. A Rússia se sentiu ameaçada e iniciou exercícios militares na fronteira com o país vizinho, exigindo que a nação nunca se torne um membro.

A tensão se estendeu e se agravou após o presidente russo reconhecer Donetsk e Luhansk como províncias independentes, causando sanções por parte do Ocidente e a invasão de 24 de fevereiro.