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CRIMES DE CORRUPÇÃO: oito gestores são investigados em operação contra esquema de corrupção em prefeituras do TO

Por Luís Poeta

08/08/2019 03:00h

Oito gestores estão sendo investigados pela Polícia Federal (PF) em uma operação contra esquema de corrupção em prefeituras do Tocantins. A operação, chamada de O Mecanismo, investiga crimes de corrupção, peculato e organização criminosa envolvendo agentes públicos.

Segundo a PF, funcionários públicos, prefeitos e parentes deles teriam recebido propinas de oficinas mecânicas que faziam reparos em ônibus escolares e em ambulâncias municipais. Eles também teriam feito pagamentos de serviços não realizados. Os recursos são do Ministério da Saúde e da Educação. Ainda não foi informado o tamanho do prejuízo aos cofres públicos.
Entre os investigados estão gestores, com cargos de prefeitos, vice e secretários em cinco municípios. Veja quem são:

Raimundo Nonato - Prefeito de Lagoa da Confusão

Suelene Lustosa - Prefeita de Lizarda

Elson Lino - Prefeito de Novo Acordo

Otalmir de Sousa - Secretário de Finanças de Novo Acordo

Nadi Pinheiro - Prefeita de Recursolândia

José Luiz da Silva - Secretário de Recursolândia

Valteir Lustosa - Vice-prefeito de Santa Tereza

Creusélia Regina - Secretária de Santa Tereza

Entenda o Caso
 
A operação O Mecanismo foi iniciada na manhã desta quinta-feira (8). A PF cumpre 32 mandados de intimação e 27 ordens de busca e apreensão expedidos pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região. De acordo com a polícia, a operação tem o objetivo de fortalecer provas em um inquérito já existente. Cerca de 120 policiais federais participam da operação.

A investigação aponta que empresas de Palmas, que mantêm contrato de manutenção em carros oficiais e fornecimento de peças automotivas com municípios do Tocantins, têm feito transferências de dinheiro e outras vantagens para servidores municipais comissionados, parentes e pessoas próximas dos prefeitos dos municípios com quem possuem contratos. O empresário, que é dono de duas oficinas, não teve o nome divulgado.

Ainda de acordo com a PF, além de pagamentos em conta corrente, o repasse de vantagens indevidas também era feito feito por meio de pagamentos de despesas pessoais como contas de telefones, IPVA, mensalidades escolares, entre outras.

O nome da operação faz referência a um seriado brasileiro que explora o crime de corrupção praticado por agentes públicos e empresários. (G1 TOCANTINS)