CRIMES DE CORRUPÇÃO: oito gestores são investigados em operação contra esquema de corrupção em prefeituras do TO

Oito gestores estão sendo investigados pela Polícia Federal (PF) em uma operação contra esquema de corrupção em prefeituras do Tocantins. A operação, chamada de O Mecanismo, investiga crimes de corrupção, peculato e organização criminosa envolvendo agentes públicos.
Segundo a PF, funcionários públicos, prefeitos e parentes deles teriam recebido propinas de oficinas mecânicas que faziam reparos em ônibus escolares e em ambulâncias municipais. Eles também teriam feito pagamentos de serviços não realizados. Os recursos são do Ministério da Saúde e da Educação. Ainda não foi informado o tamanho do prejuízo aos cofres públicos.
Entre os investigados estão gestores, com cargos de prefeitos, vice e secretários em cinco municípios. Veja quem são:
Raimundo Nonato - Prefeito de Lagoa da Confusão
Suelene Lustosa - Prefeita de Lizarda
Elson Lino - Prefeito de Novo Acordo
Otalmir de Sousa - Secretário de Finanças de Novo Acordo
Nadi Pinheiro - Prefeita de Recursolândia
José Luiz da Silva - Secretário de Recursolândia
Valteir Lustosa - Vice-prefeito de Santa Tereza
Creusélia Regina - Secretária de Santa Tereza
Entenda o Caso
A operação O Mecanismo foi iniciada na manhã desta quinta-feira (8). A PF cumpre 32 mandados de intimação e 27 ordens de busca e apreensão expedidos pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região. De acordo com a polícia, a operação tem o objetivo de fortalecer provas em um inquérito já existente. Cerca de 120 policiais federais participam da operação.
A investigação aponta que empresas de Palmas, que mantêm contrato de manutenção em carros oficiais e fornecimento de peças automotivas com municípios do Tocantins, têm feito transferências de dinheiro e outras vantagens para servidores municipais comissionados, parentes e pessoas próximas dos prefeitos dos municípios com quem possuem contratos. O empresário, que é dono de duas oficinas, não teve o nome divulgado.
Ainda de acordo com a PF, além de pagamentos em conta corrente, o repasse de vantagens indevidas também era feito feito por meio de pagamentos de despesas pessoais como contas de telefones, IPVA, mensalidades escolares, entre outras.
O nome da operação faz referência a um seriado brasileiro que explora o crime de corrupção praticado por agentes públicos e empresários. (G1 TOCANTINS)