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Bolsonarista mata homem que disse que votaria em Lula

Ainda segundo a polícia, o seguidor de Bolsonaro, tentou decapitar a vítima, filmou o corpo após o crime. A discussão começou por questões políticas.

Por Luís Poeta

09/09/2022 15:06h

Um apoiador do ex-presidente Lula (PT) foi morto, nesta quinta-feira, 08, por um seguidor do presidente Jair Bolsonaro (PL), depois de uma discussão em Confresa.

O suspeito de cometer o crime passou por audiência de custódia e a Justiça de Mato Grosso decretou a prisão preventiva de Rafael de Oliveira, 24.

 Oliveira confessou, de acordo com a polícia, ter matado à facadas o colega de trabalho Benedito Cardoso dos Santos, 44, depois de uma discussão política. O autor do crime defendia Bolsonaro, e Santos o petista.

Ainda segundo a polícia, Oliveira tentou decapitar a vítima e filmou o corpo após o crime e a discussão começou por questões políticas.

O crime ocorreu na madrugada desta quinta-feira (8), em uma fábrica de cerâmica localizada na zona do município de menos de 32 mil habitantes. Em depoimento, o servidor confessou o assassinato e afirmou que a discussão entre os dois chegou à troca de socos.

Antes de cometer o crime, o suspeito alegou que “saiu de si” e acabou matando seu colega com golpes de faca no rosto.

O delegado Higo Rafael Ferreira de Oliveira disse que Oliveira tentou decapitar o corpo do colega com um machado. Utilizou o machado com um golpe único no pescoço, mas não teve êxito na ação.

O juiz Carlos Eduardo Pinho Bezerra de Menezes tomou a decisão de prisão preventiva que foi proferida em audiência de custódia na tarde desta quinta. “Verifica-se que há prova da materialidade e indícios suficientes de autoria delitiva, conforme demonstrado nos depoimentos dos policiais que realizaram a prisão de Rafael de Oliveira, aliado ao interrogatório do custodiado que em sede policial confessou a prática delitiva”, diz um trecho da decisão do juiz.

 O juiz também classificou o ocorrido como “Reprovável”.

“Lado outro, verifica-se que a liberdade de manifestação do pensamento, seja ela político-partidária, religiosa, ou outra, é uma garantia fundamental irrenunciável”, comentou.