Preço da gasolina volta a subir na véspera das eleições
Em junho de 2022, o litro da gasolina e do diesel estavam em seus maiores patamares desde 2004.
O preço da gasolina no Brasil voltou a subir na última semana, segundo um levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) divulgado nesta segunda-feira (17). O preço médio do litro do combustível teve uma alta de 1,46% em comparação à semana anterior.
Este é o primeiro aumento frente a 15 quedas consecutivas no preço da gasolina. O etanol hidratado também aumentou de preço em 1,76%. Essa foi a segunda alta seguida no preço do combustível de álcool após cinco meses seguidos de baixas. Já o diesel se manteve estável, com o preço médio do litro no país com uma variação de 0,15%.
De acordo com o relatório da ANP, o valor mais caro da gasolina encontrada em todo território brasileiro foi de R$ 7,35. Já o maior valor cobrado para o etanol hidratado foi de R$ 6,90, enquanto o diesel mais caro nos postos estava sendo vendido a R$ 8,42.
Segundo a Agência Nacional do Petróleo, os dados indicam uma estabilização no preço após a forte tendência de queda. Em junho, o litro da gasolina e do diesel estavam em seus maiores patamares desde 2004, ano em que a ANP iniciou o levantamento semanal de preços.
Especialistas do setor de derivados de petróleo apontam para uma defasagem no preço da Petrobras, que estaria mantendo o preço do combustível artificialmente baixo por ordens do presidente Jair Bolsonaro, que teme que um novo aumento prejudique sua popularidade em sua luta eleitoral com o ex-presidente Lula.
O preço dos combustíveis no país sofreu uma rápida queda nos últimos meses, fruto da confluência de dois fatores: a redução de quase 1/3 no preço do petróleo nos mercados internacionais, e o corte de impostos promovida pelo governo federal. Entretanto, a OPEP já anunciou um corte na produção mundial de petróleo, de modo a encarecer novamente o produto.
