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Pastoral da Terra registra mais de mil ações de pistolagem em conflitos por terra no MA

Por GILVAN BALBINO CALÇADOS

23/05/2019 03:00h

A Comissão Pastoral da Terra (CPT) lançou nesta terça-feira (21), em São Luís, novos dados referentes ao relatório ‘Conflitos no Campo Brasil 2018’, divulgado em abril, e que contabilizou 16.154 famílias envolvidas em conflitos por terra em 69 cidades do Maranhão.

Desta vez, uma equipe da CPT veio até a capital maranhense e apresentou outros números do relatório, com enfoque nos estados que compõem a Amazônia Legal.

“A Amazônia é uma das regiões que ainda tem maior extensão de terra não definida e a grande parte dessa terra é terra pública que o estado brasileiro deve administrar ou repassar para quem precisa”, declarou Jeane Bellini, coordenadora Nacional da CPT.

No Maranhão, segundo o relatório da CPT, 1065 ações de pistoleiros foram registrados contra famílias em 2018. Foi o terceiro maior número dentre todos os estados do país. Por causa de conflitos por terra, a Comissão Pastoral da Terra também afirma que, no ano passado:

316 famílias foram despejadas
1.638 famílias sofreram ameaças de despejo
2.235 familias sofreram tentativa ou ameaça de expulsão das terras onde moram
462 famílias tiveram as casas destruídas
111 famílias tiveram as roças destruídas

O Maranhão também é o sexto estado com a maior área disputada do país: 989.745 hectares. Dentro dessas áreas, 201 conflitos no campo foram registrados e envolveram mais de 80 mil pessoas. Desse total, apenas dois casos ocorreram por questões trabalhistas. Todos os outros foram brigas por terra. (G1)