Novo desdobramento nas investigações apontam que o corretor de veículos de Xambioá, Cicinho, teve o corpo esquartejado e carbonizado
Ainda de acordo com depoimentos a vítima teria uma suposta paixão pela esposa do mandante. Uma tatuagem com o nome da mulher, gravada no peito de Cicinho, em ato macabro, teria sido arrancada com ele ainda vivo.

A Polícia Civil investiga uma linha macabra do caso do sequestro e assassinato do vendedor Ancelmo Nunes Franco, conhecido como ‘Cicinho’, de 30 anos, e que envolve um cabo e um soldado da Polícia Militar do Maranhão, lotados no destacamento de Imperatriz.
Os dois militares foram presos na última quinta-feira, 24, durante operação para cumprimento de mandados de prisão e busca e apreensão. Um comerciante também foi preso na ação policial. Um dentista está foragido.
Os PMs foram identificados como Willian Silva de Vasconcelos e Dany Wuely Galvão Amaral. O outro preso foi identificado como Goldman Arouche Freire Júnior.
A operação foi coordenada pela Delegacia de Homicídios (DHPP/Imperatriz), com o apoio da Delegacia de Repressão ao Narcotráfico de Imperatriz (Denarc), Departamento de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado (Deccor), e DIAE/PMMA e GOE/PMMA.
A ação policial foi desencadeada em relação ao sequestro e assassinato do corretor de carros, natural de Xambioá (TO), no último dia 17 deste mês, na cidade de Imperatriz/MA. ‘Cicinho’ viajou de Araguaína (TO) para entrar em contato com pessoas que estavam inadimplentes em relação a dívidas contraídas em compras de automóveis. Essas pessoas haviam deixado de atender às ligações dos credores. Entretanto, após sua chegada a Imperatriz, o corretor desapareceu. O último contato com sua família ocorreu na manhã do dia 17 de agosto, e ele foi dado como desaparecido no início da tarde do mesmo dia.
Amor platônico pela esposa do patrão
A polícia iniciou as investigações baseada em informações das dívidas que ‘Cicinho’ estava cobrando. No entanto, uma outra versão, com componentes macabros, ganhou força nas apurações policiais. O vendedor, que era funcionário de um poderoso empresário de Imperatriz, teria um amor platônico pela esposa do patrão, tendo, inclusive, feito uma tatuagem no peito com o nome dela. No entanto, amigos de Cicinho afirmam, que o corretor jamais fez alguma tatuagem no peito com o nome de nenhuma mulher.
Mesmo os dois nunca tendo qualquer encontro, apurou-se que recentemente Cicinho teria feito uma declaração para a mulher do seu chefe, que teria descoberto a situação e armado o crime de encomenda.
Corpo enterrado em cova rasa, mas carbonizado em seguida
Os autores do crime pegaram ‘Cicinho’ na rodoviária de Imperatriz. Natural de Xambioá (TO), mas morando em Imperatriz, ele estava chegando de Araguaína, onde fora fazer algumas vendas e cobranças.
‘Cicinho’ foi colocado em um carro e levado para a zona rural da cidade, onde o mataram e deixaram o corpo enterrado em uma cova rasa perto da ferrovia, na Vila Davi. Como o terreno é de piçarra, o mau cheiro do corpo começou a chamar a atenção. Os sequestradores pegaram emprestado um carro de um vizinho, com carroceria, foram até o local, pegaram o corpo, esquartejaram e tocaram fogo.
Patrão assistiu ao crime e arrancou tatuagem com nome da esposa do peito do corretor
Uma pessoa que conhece um dos policiais revelou que ele comentou que, antes de ‘Cicinho’ ser assassinado, o empresário, que assistiu ao crime, arrancou do peito da vítima a tatuagem com o nome da esposa dele.
Vazamento
Segundo informações, a operação que resultou na prisão dos dois PMs correu risco de fracassar, pois um policial civil de Imperatriz vazou toda a movimentação. O endereço do Cabo PM, inclusive, chegou a ser trocado. Os policiais, no entanto, com informações do Serviço de Inteligência, conseguiram chegar antes que os militares pegassem a estrada.
Crime em Presidente Dutra
A Polícia investiga, também, o envolvimento do empresário suspeito em um outro crime, na cidade de Presidente Dutra, que teve como vítima um empresário identificado como Magno. (Com informações de O Informante)