Aguarde, carregando...

Mulheres relatam medo do desemprego e luta para sustentar casa durante pandemia

Pesquisa revelou que mulheres e jovens estão entre os que mais têm medo de perder o emprego. Estudo foi feito pela Confederação Nacional da Indústria.

Por GILVAN BALBINO CALÇADOS

22/10/2020 03:00h

O medo do desemprego é maior entre as mulheres, segundo apontou uma pesquisa realizada em todo pais pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Auxiliar de serviços gerais em um supermercado de Palmas, Rogéria Silva conta convive com esse receio porque depende do serviço para sustentar os três filhos.

"Não tá fácil. É da onde eu tiro meu sustento, dos meus filhos, minha casa. A gente faz de tudo para não perder o emprego", afirma.

A Gilvânia Alves de Carvalho está enfrentando o pesadelo do desemprego há um ano. A situação é mais complicada por causa dos cinco filhos que ela precisa sustentar. "A gente fica constrangido dos filhos pedirem e não ter para dar. Do jeito da moradia, mas vai levando", disse em lágrimas.

A pesquisa apontou que entre as mulheres o índice de medo do desemprego é de 62,4 pontos. Entre os homens fica em 46,8. Ou seja, uma diferença de 15 pontos entre os dois sexos.

"Esse fenômeno do desemprego está extremamente ligado a questão da demissão. Então, as mulheres, por terem salários mais baixos são afetadas diretamente. Como nesse período de pandemia os postos de trabalho que mais sofreram impacto foram serviços e comércio, onde justamente está a maior concentração de mulheres", afirma o sociólogo Rogério Roberto.

Apesar dos impactos econômicos da pandemia, o índice geral entre os brasileiros ficou em 55 pontos. Entre faixas etárias, os dados mostraram que jovens de 16 a 24 anos são os que sentem mais medo de ficarem sem emprego, depois vem os que têm de entre 25 e 34 anos.(G1)