EUA reforçam presença militar na região do Golfo Pérsico

O Irã prometeu se vingar. E os Estados Unidos reforçaram a presença militar na região.

O mundo aguarda qual vai ser a reposta do Irã, e também se prepara. Um comandante da Guarda Revolucionária do Irã já disse que o país tem 35 alvos americanos mapeados e insinuou que poderia atacar Israel ou embarcações no Estreito de Ormuz. O Estreito é a rota mais importante do mundo para o transporte de petróleo. A Grã-Bretanha já disse que a Marinha vai escoltar navios britânicos que passam pela região. Os americanos anunciaram o envio de mais soldados: seriam mais três mil para reforçar um contingente que vem crescendo.

Desde maio de 2019, os Estados Unidos já enviaram 14 mil soldados para o Golfo Pérsico, acompanhando o aumento das tensões com o Irã. Nas últimas semanas, 3.500 militares reforçaram o efetivo na Arábia Saudita; 700 foram mandados para o Kuwait.

No Iraque, onde o general iraniano Qassem Soleimani foi morto, são seis mil soldados. Na região do Golfo Pérsico, os Estados Unidos têm hoje ao todo entre 45 mil e 65 mil soldados. Mas a presença militar se estende por outros países. O Afeganistão, por exemplo, também recebeu mais tropas americanas desde a eleição de Donald Trump. Hoje, o país tem cerca de 12 mil soldados. Com isso, os americanos têm hoje em torno do Irã aproximadamente 80 mil militares.

As tropas vão levando o poderoso arsenal. Uma das armas mais modernas e letais é o drone MQ-9 Reaper. O avião, controlado à distância, pode voar acima dos aviões comerciais por até 27 horas, a 400 quilômetros por hora, e carregar até uma tonelada de equipamentos ou armas. Foi um míssil disparado por esse drone que acertou o comboio onde estava Soleimani.

Os analistas avaliam que o avião usado no ataque pode ter decolado de uma das bases dos Estados Unidos no Kuwait, Catar ou Abu Dhabi.(G1.globo)